Guerra de laboratório
Bestas aéreas
saem de bases secretas
abrem aerossóis atômicos
na lã de nuvens de aço.
Nos bicos bárbaros
Metallica
Frank Sinatra
e instrumentos de mira,
no ventre de sabres
fervilha
(febre de honra ao mérito)
o antiventre
Aperta-se
um botão,
pilhas de corpos
em Sanaa, Kandahar, Bagdá
Perícia
de precisão-cirurgiã
ninguém precisa:
na guerra
só mortes
imprecisas
A medida exata
oculta alarme vermelho;
todo alvo
somos nós
no espelho.
Antiútero
no céu de répteis
a malha de mil satélites:
maná do Armagedon,
mel vermelho,
crianças carbonizadas
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