Emily Dickinson
Três poemas de Emily Dickinson traduzidos por Augusto de Campos.
I
I’m Nobody! Who are
you?
Are you — Nobody —
Too?
Then there’s a pair of
us?
Don’t tell! they’d
advertise — you know!
How dreary — to be —
Somebody!
How public — like a
Frog —
To tell one’s name —
the livelong June —
To na admiring Bog!
(C. 1861)
*
* *
Não sou Ninguém! Quem
é você?
Ninguém — Também?
Então sonos um par?
Não conte! Podem
espalhar!
Que triste — ser —
Alguém!
Que pública — a Fama
—
Dizer seu nome — como
a Rã —
Para as palmas da Lama!
II
Too scanty ‘twas to
die for you,
The merest Greek
could that.
The living, Sweet, is
costlier —
I offer even that —
The Dying, is a
trifle, past,
But living, this
include
The dying multifold —
without
The Respite to be
dead.
(c. 1865)
*
* *
Morrer por ti era
pouco,
Qualquer grego o
fizera.
Viver é mais difícil
—
É esta a minha oferta
—
Morrer é nada, nem
Mais. Porém viver
importa
Morte múltipla — sem
O Alívio de estar
morta.
III
Me from Myself — to
banish —
Had I Art —
Impregnable my Fortress
Unto All Heart —
But since Myself —
assault Me —
How have I peace
Except by subjugating
Consciousness?
And since We’re
mutual Monarch
How this be
Except by Abdication
—
Me — of Me?
(c. 1862)
*
* *
Banir a Mim — de Mim
—
Fosse eu Capaz —
Fortim inacessível
Ao Eu audaz —
Mas se meu Eu — Me
assalta —
Como ter paz
Salvo se a
Consciência
Submissa jaz?
E se ambos somos Rei
Que outro Fim
Salvo abdicar-
Me de Mim?
In DICKINSON,
Emily. Não sou ninguém. Trad. Augusto
de Campos. Campinas-SP: Unikcamp, 2008..
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