Konstantinos Kaváfis
Poema de Konstantinos
Kaváfis traduzido por Isis Borges B. da Fonseca.
A
cidade
Disseste “Irei à
outra terra, irei a outro mar.
Uma outra cidade há de achar-se melhor que esta.
Cada esforço meu é uma condenação fatal;
e está meu coração – como morto – enterrado.
Meu espírito até quando ficará neste marasmo?
Para onde volte meu olhar, para qualquer lugar que atente
ruínas negras de minha vida vejo aqui,
onde tantos anos passei, e a destruí e arruinei”.
Uma outra cidade há de achar-se melhor que esta.
Cada esforço meu é uma condenação fatal;
e está meu coração – como morto – enterrado.
Meu espírito até quando ficará neste marasmo?
Para onde volte meu olhar, para qualquer lugar que atente
ruínas negras de minha vida vejo aqui,
onde tantos anos passei, e a destruí e arruinei”.
Novos lugares não encontrarás,
não encontrarás outros mares.
A cidade te seguirá. Às mesmas ruas voltarás
E nos mesmos bairros envelhecerás,
e nestas mesmas casas encanecerás.
Sempre a esta cidade chegarás. Quanto a outros lugares
/ não tenhas esperanças –
não há navio para ti, não há caminho.
Assim como destruíste tua vida aqui
neste pequeno recanto, em toda a terra arruinaste-a.
A cidade te seguirá. Às mesmas ruas voltarás
E nos mesmos bairros envelhecerás,
e nestas mesmas casas encanecerás.
Sempre a esta cidade chegarás. Quanto a outros lugares
/ não tenhas esperanças –
não há navio para ti, não há caminho.
Assim como destruíste tua vida aqui
neste pequeno recanto, em toda a terra arruinaste-a.
Comentários
Postar um comentário