Oferenda











As ondas rondam
meu corpo sem fôlego
como cavalos sem dono
em galope cego.

Tontas de tanta felicidade
lançam mil muralhas do mar salgado
em meus ombros largos.

Soltas
loucas
selvagens
após mil voltas
na praia de águas revoltas
afogado
— com fitas e flores —
me oferecem à Iemanjá.

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