Os bons costumes dos poetas sórdidos
Con
verso com um artista língua-gorduroso
submerso às 4 da manhã
por citações de poetas que não conheço
enlouqueço
com o ar poundiânus do PUC-gênio
mijando nos meus ouvidos
versos de unicórnio de jardim de fadas
ri das obsoletras referências
que lhe passo como contrabando chinês
arregala a miopia
diante da escrita de homem-bomba
que lhe ofereço como bombom envenenado
Levanta-se para pagar a conta.
É quando o ressentimento pinga
mais forte,
me vingo:
- Hei, poetecoteco pós-moderno,
fica quietinho aí!
Isso é um assalto!
O vermezinho treme todinho.
O celular de luzinha piscando
como cu de soldado em fuga
cai no meu copo de cerveja.
A carteira estufada nas mãos do falso Proust
treme,
mergulha na sopa de inhame
saudades de chá com madeleines. .
Fico puto:
- Porra, o dinheiro não,
passa pra cá essa bolsa de livros.
Sigo, volto à escuridão onde vivo.
Sou fraco, mau, vingativo e ladrão.
verso com um artista língua-gorduroso
submerso às 4 da manhã
por citações de poetas que não conheço
enlouqueço
com o ar poundiânus do PUC-gênio
mijando nos meus ouvidos
versos de unicórnio de jardim de fadas
ri das obsoletras referências
que lhe passo como contrabando chinês
arregala a miopia
diante da escrita de homem-bomba
que lhe ofereço como bombom envenenado
Levanta-se para pagar a conta.
É quando o ressentimento pinga
mais forte,
me vingo:
- Hei, poetecoteco pós-moderno,
fica quietinho aí!
Isso é um assalto!
O vermezinho treme todinho.
O celular de luzinha piscando
como cu de soldado em fuga
cai no meu copo de cerveja.
A carteira estufada nas mãos do falso Proust
treme,
mergulha na sopa de inhame
saudades de chá com madeleines. .
Fico puto:
- Porra, o dinheiro não,
passa pra cá essa bolsa de livros.
Sigo, volto à escuridão onde vivo.
Sou fraco, mau, vingativo e ladrão.
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