O sopro do silêncio

 











O sopro do silêncio

 

Pouco a pouco

tudo se dobra

com calma

e se guarda

na memória

o corpo se cala

pele de cobra

vazia de febre

sem viço sem fibra

 

se desdobra

o amor

-- sombra ou sobra --

sopra suave

sobre a brasa ainda viva

se abre

brisa ilusória

mas o tempo cobra

pesado pedágio

e a voz

lentamente

se dobra ao silêncio.

 

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